Livro de mais de 150 anos apresenta uma coleção sobre madeiras do Brasil e algumas exóticas. O livro foi disponibilizado digitalmente para acesso e deleite daqueles que apreciam madeiras, etnobotânica, etimologia e história.

A obra, do século 19, foi apresentada na Exposição Internacional de 1867, no Rio de Janeiro, o livro foi escrito em português e francês, antes mesmo da monumental obra "Flora Brasiliensis" ter sido concluída por Martius e colaboradores, este livro é uma "lista" das principais árvores madeireiras conhecidas no Brasil até então, com indicação de seus principais usos, inclusive medicinais, alimentares, dentre outros. Uma obra de importante valor histórico e cultural para a ciência florestal brasileira. A autoria da obra é de Francisco Freire Alemão, Custódio Alves Serrão e Ladisláo Netto e José Saldanha da Gama.

O autor principal Francisco Freire Alemão (1797-1874) foi um médico brasileiro nascido na Fazenda do Mendanha, freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande, no estado do Rio de Janeiro, hoje baixada fluminense. Filho dos lavradores João Freire Allemão e D. Feliciana Angélida do Espírito Santo, estudou no Seminário de São José no Rio de Janeiro, porém não seguiu a vida sacerdotal por não sentir vocação. Cursou a Academia Médico-Cirúrgica, e depois de formado (1833), fez aperfeiçoamento em Paris, e na volta concorreu a cadeira de botânica e zoologia da Faculdade Médica do Rio de Janeiro. Sua vida profissional era curar os homens e tratar das plantas. Foi médico particular de D. Pedro II, o que lhe valeu o emprego de Médico da Imperial Comarca. Ocupou cargos em instituições brasileiras diversas, além de elaborar projetos direcionados principalmente à questão do desmatamento.

Durante toda a sua vida dedicou-se a catalogar e registrar as mais de 20 mil plantas que trouxe em sua bagagem depois da viagem ao Ceará. Dentre suas atividades, em 1849 elaborou um projeto, a pedido do Ministério da Guerra, para um manejo sustentado das florestas; em 1850 fundou a Sociedade Velosiana de Ciências Naturais, no Rio de Janeiro; publicou um trabalho denominado Flora Cearense quando presidiu a Comissão Científica, que realizou vários estudos no Ceará; propôs a elaboração de uma Carta Geral do Estado Primitivo do Brasil, que produziu memórias sobre grupos indígenas; entre 1866 e 1874 esteve à frente do Laboratório de Química do Museu Nacional.

O livro está diponível em formato digital e pode ser baixado para leitura, no ícone abaixo.


Por | Central Florestal, fevereiro de 2023 

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