Em
nosso artigo anterior, demonstramos que as folhas são verdes por absorverem em
maior quantidade os raios solares no espectro do azul e vermelho e refletir o
verde (para saber mais clique aqui). As plantas superiores necessitam do espectro
da luz visível para fazerem fotossíntese e gerar os fotoassimilados na
conversão da energia na fase fotoquímica para carboidratos, ATP, NADPH,
etc.
Mas
e se as folhas fossem pretas? Partindo do pressuposto que o preto
consegue absorver todo o espectro eletromagnético, em teoria folhas pretas
seriam mais eficientes que as verdes ou de qualquer outra cor. De
quebra, a hipótese das plantas pretas faria com que os últimos 3,4 bilhões de
anos na história evolutiva das plantas verdes fossem considerados um erro da
natureza.
Fonte:https://super.abril.com.br/
As plantas
verdes não usam uma grande parte do espectro visível da forma mais eficiente
possível. Uma planta preta pode absorver mais radiação, e isso pode ser
muito útil, se o calor extra produzido for efetivamente descartado (por
exemplo, algumas plantas devem fechar suas aberturas, chamadas estômatos, em
dias quentes para evitar perder muita água, o que deixa apenas a condução ,
convecção e perda de calor por radiação como soluções).
Alguns
cientistas afirmam que conseguir pigmentos que funcionam melhor que a
clorofila pode ser muito difícil. De fato, acredita-se que todas as
plantas superiores (embriófitas) tenham evoluído de um ancestral comum que é
uma espécie de alga verde - com a ideia de que a clorofila evoluiu apenas uma
vez. Além disso o excesso de calor também causa danos ao secar as plantas. Sem
água para transportar substâncias químicas ao redor, as células morrem, levando
a manchas marrons secas nas plantas
A natureza sempre está certa, em 2013, cientistas
de três universidades da Nova Zelândia estudaram folhas da espécie Ophiopogon planiscapus, uma planta japonesa da família
do aspargo.
Algumas folhas dessa planta são naturalmente pretas. Outras, verdes. Na hora de comparar a eficiência das duas variantes na hora de assimilar o carbono e fazer fotossíntese, o grupo descobriu que, na realidade, a cor da folha não faz tanta diferença. Esse é, aparentemente, o único estudo do tipo e está aí para responder (embora não de forma definitiva) a pergunta do título.
Por Editorial Central Florestal
Fontes consultadas
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