Para muitas pessoas, as florestas nada mais são do que um monte de árvores que servem apenas para nos dar seu oxigênio, madeira e produtos naturais, contudo pesquisas recentes afirmam que os seres vivos mais excepcionais do nosso planeta também conseguem se comunicar entre si, mesmo sendo seres inanimados.
    Essa descoberta veio por meio de pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá. De acordo com a ecologista florestal Suzanne Simard, as plantas conseguem interagir entre si e se comunicam através de uma rede subterrânea de fungos que interliga as plantas em um ecossistema, ela mostrou que havia uma transferência de carbono por micélio entre o abeto de Douglas (uma conífera) e uma bétula. Desde então ficou provado que algumas plantas trocam fósforo e nitrogênio da mesma forma. “As grandes árvores fornecem subsídios para as mais jovens através desta rede fúngica. Sem esta ajuda, a maioria das mudas não se desenvolveria”, "É como se as árvores estivessem falando umas com as outras explicou a cientista.

Rede fúngica
  As árvores são gigantes mas a comunicação delas é baseada em microrganismos que se encontram no solo, cerca de 90% das plantas terrestres tem essa relação simbiótica com fungos que é chamada de micorriza. Com essa simbiose, as plantas recebem carboidratos, fósforo e nitrogênio dos fungos.
  Através desta simbiose, as plantas conseguem colaborar com o desenvolvimento e crescimento mútuo, ajudam as diferentes exemplares a florescerem.

Árvores-mães
   As árvores mais antigas, já desenvolvidas e de grande porte, são consideradas “árvores-mães”. São elas que gerenciam os recursos de uma comunidade vegetal, através dos fios de fungos.
  Esse é um fenômeno que não acontece no caso das árvores “estranhas”. As árvores-mães são capazes de reduzir as suas raízes para dar espaço para as “filhotes". Além disso ela sabe enviar às pequenas mudas vizinhas carbono e sinais de defesa que servem para aumentar a sua resistência.
   Essa conexão é tão forte que, conforme pesquisas da equipe de Simard, quando uma árvore-mãe é cortada, a taxa de sobrevivência dos membros mais jovens da floresta é reduzida drasticamente. A ligação chega a ser comparada à sinapse dos neurônios humanos.
  Na opinião de Suzanne não podemos considerar as árvores como entidades completamente independentes. As palavras da especialista vêm de 30 anos de trabalho e pesquisa nas florestas do Canadá.

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