Planejamento e monitoramento florestal são fatores decisivos na cadeira produtiva do setor

As empresas do segmento florestal buscam a obtenção do maior retorno econômico possível com geração de produtos advindos de seus plantios, demandando-se sempre de um planejamento coerente, de modo a visar à obtenção de múltiplos produtos e disponibiliza-los ao mercado e, também, à maximização dos lucros envolvidos.

O Planejamento Florestal Otimizado estratégico ou de longo prazo, são termos cada vez mais utilizados e aplicados nas empresas no Brasil, que incorporam o conceito por meio do uso, por exemplo, de softwares específicos na tomada de decisões. Aos poucos, soluções manuais de planejamento cedem seu lugar a tecnologias e softwares de inteligência computacional, baseando-se em ferramentas como a Programação Linear, Programação Dinâmica, Redes Neurais Artificiais, Algoritmos Genéticos, dentre outros termos. Termos estes, cada vez mais abordado nos cursos de Pesquisa Operacional e Programação Computacional, nas principais universidades do país.

Existem três tipos de planejamento: estratégico, tático e operacional.


O planejamento é ferramenta fundamental em qualquer empreendimento florestai, pois auxilia e norteia a gestão. Sendo fundamental para saber quais melhores caminhos, estratégias, qual o próximo passo a tomar-se, o quanto vai-se investir, antecipar falhas ou aquilo que pode dar errado e evitar ou minimizar as consequências. Para que o planejamento desempenhe todo o seu potencial ele deve ser bem desenvolvido dentro das três esferas das organizações - estratégica, tática e operacional - e temporais - longo, médio e curto prazo.

Pode-se dizer que o planejamento nas esferas organizacionais (planejamento estratégico, tático e operacional) está relacionado com o nível da estrutura da empresa em que ocorre (diretorias, gerências e supervisão). O planejamento nas esferas temporais está relacionado com o tempo de execução do planejado e tem muita relação com projeções, metas e objetivos dentro de um prazo (longo, médio ou curto).

Relativamente novo quanto a teoria do planejamento estratégico, tático e operacional é a organização do setor florestal brasileiro, embora o uso das florestas nativas já seja demasiado antigo. Mas no passado, os produtos florestais foram explorados via extrativismo desorganizado e com geração de grandes impactos ecossistêmico. O início da organização do setor florestal no Brasil pode ter se dado a partir da metade do séc. XX, com o surgimento das indústrias de papel, lápis e siderurgia carvão vegetal. Apenas após a implantação de florestas comerciais na década de 1960, é que se conseguiu desenvolver uma maior organização do setor florestal, passando a ter maior força e representação econômica, sobretudo a nível mundial. Não obstante, que o Brasil é demasiado conhecido por ter uma silvicultura de excelente qualidade.

Monitoramento Florestal: mecanismo de garantia da qualidade e êxito do planejamento

O monitoramento é o ato de se acompanhar o desenvolvimento das estratégias de planejamento. No setor florestal, isto se dá atualmente no uso das múltiplas tecnologias, que tem facilitado e gerado redução de custos para as empresas e proprietários. Desde o uso de câmeras de monitoramento, torres de detecção de focos de calor automatizadas, para povoamentos florestais, até o uso de drones na detecção de defeitos, patologias, do plantio e, de tecnologia para mensuração e acompanhamento de variáveis dendrométricas. Conforme serão destacados abaixo.

Florestas inteligentes com uso dos drones

O uso de drones ou Veículos Aéreos Não Tripulados (Vant) é cada vez mais comum na empresa florestal, que, além de maior eficiência, incluem a redução de custos. O uso dos drones pode ser utilizado por exemplo para prospectar áreas, atividade que tem um custo por hectare cerca de 30% menor que no trabalho de campo feito com equipes utilizando GPS.

Essa atividade inclui avaliar áreas destinadas aos plantios florestais da empresa. As imagens de alta resolução espacial dos Drones, permitem uma melhor visualização e avaliação do uso e ocupação do solo, facilitando a tomada de decisão em várias linhas do segmento florestal e ciências agrárias.

As imagens aéreas também podem ser utilizadas para monitorar a qualidade das operações de colheita. A partir do uso de drones, a empresa filma ou fotografa a operação e, pela avaliação das imagens, identifica eventuais necessidades de adequação do processo.

Os drones também são utilizados diretamente no momento do planejamento, que antecede o início das operações. Primeiro avalia-se, a partir das imagens aéreas, as características da área e do relevo. A avaliação também ajuda a definir a alocação do equipamento de colheita ideal para cada situação de declividade (com ou sem ancoragem).

Utilização de drone em áreas florestais (Foto: Bit Magazine)

Monitoramento e Mensuração de ativos florestais

No Brasil, uma empresa do ramo florestal está desenvolvendo uma tecnologia que promete ajudar no monitoramento das florestas plantadas. O sistema estima o crescimento, a qualidade e a sanidade das florestas de forma remota, por meio da utilização de sensores que transmitem dados em tempo real.
Segundo a startup, estes dados são coletados, tradicionalmente, de maneira manual e por amostragem. As empresas do setor precisam contratar mão-de-obra especificamente para isto, com riscos de acidentes na floresta e rotina desgastante. Além disso, usualmente, a medição ocorre apenas uma vez por ano.
Mensuração e monitoramento do crescimento da floresta (Foto: Treevia Forest Tecnologies)

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Palavras-chave: Planejamento florestal, Monitoramento florestal, Inteligência artificial, central florestal, incêndios florestais, manejo florestal, pesquisa operacional, gestão florestal.

Fontes Utilizadas como base para elaboração desta matéria:
Mata Nativa (2017): http://www.matanativa.com.br/blog/planejamento-da-producao-florestal/
Werneburg, M. A. P. Planejamento em grandes empresas florestais no Brasil. Dissertação de mestrado apresentada a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucurí – UFVJM, Programa de Pós Graduação em Ciências Florestais, 2015.
Alcides, F. R. Aspectos que influenciam o planejamento nas empresas florestais. Dissertação de mestrado apresentada na Universidade Federal de Viçosa – UFV, Programa de Pós Graduação em Ciências Florestais, 2013.

2 Comentários

  1. parabéns , muito proveitoso e interessante . O Brasil precisa de canais assim informativos que trazem as ações, os temas , que discutem , que trazem inovações. Abraços e cada vez melhor voces viu do centralflorestal

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  2. Certo, podem mi favorecer uma manual prático de cultivo de eucalipto

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