Presidente da SBEF Glauber Pinheiro faz um alerta pede maior reflexão sobre o futuro da SBEF e da Engenharia Florestal no Brasil

*Texto na íntegra por Glauber Pinheiro

 Chegamos ao término de mais uma gestão na SBEF. Final de um ciclo. De tempos muito difíceis. E por vários momentos pensei que não conseguiríamos chegar até aqui. Me lembro bem quando, ao final de 2014, durante um almoço em Brasília após uma reunião da CCEEF, o Presidente Gilberto Ferretti reuniu todo o grupo e anunciou que não seria candidato à reeleição. De forma muito franca e sincera, relatou as dificuldades do exercício da função, principalmente a falta de apoio dos próprios colegas, queixando-se de que justamente aqueles que o convenceram a candidatar-se, não o ajudaram em nada. Embora este sentimento seja bem conhecido por todos aqueles que já presidiram a entidade, sua sinceridade e desprendimento trouxeram um momento de emoção entre todos os presentes naquela confraternização.
O encontro prosseguiu com a fala de cada um dos presentes, representando seus estados, e fiquei lisonjeado pela indicação unânime de meu nome para uma candidatura à presidência da SBEF. Agradeci, mas declinei. Deixei claro que não poderia, que não teria disponibilidade e não estava disposto a enfrentar esta luta novamente. Indiquei outro nome e aceitei ocupar a vice-presidência para ajudar, com a responsabilidade de cuidar de assuntos pontuais, sobretudo as tratativas pelo reconhecimento da Modalidade Florestal no Grupo das Engenharias, luta que eu havia iniciado há quase 10 anos. Nunca poderia imaginar tudo o que viria pela frente.
Testemunhei fatos lamentáveis durante os últimos 3 anos. Episódios que deixam fortes cicatrizes na bonita história da SBEF nestes 50 anos. Ainda durante o processo eleitoral já começaram as investidas, quando o site da entidade foi invadido e os editais eleitorais publicados pelo Presidente foram alterados, numa clara tentativa de fraudar as eleições e tumultuar a entidade. O Conselho Deliberativo precisou intervir, analisou todos os fatos e evidências (ANEXO 1), resolvendo suspender as eleições para que o próprio Conselho trouxesse para si a responsabilidade de eleger uma nova direção para a SBEF.
Mas não parou por aí, e ao longo dos 3 anos foram constantes os ataques e as tentativas de tumultuar o ambiente. Não conseguiram. Após a renúncia do Presidente, adiei minhas prioridades particulares e assumi a presidência, em respeito à entidade e aos profissionais. Mas me dei o direito de não perder o meu tempo com este pessoal que se empenha em denegrir a SBEF de forma irresponsável, colocando em risco a maior entidade de luta na defesa dos Engenheiros Florestais. E por tudo que já fiz, eu tenho este direito.
Sei que decepcionei alguns amigos, por não ter me colocado de plantão constante na tarefa de desmentir este pessoal e lembrar para todos tudo aquilo que eles já fizeram no passado. Também lamento pelos novos, que estão chegando agora, e que se deixaram cair no canto da serpente, das mentiras e bravatas destes irresponsáveis. Mas a verdade sempre vem à tona, terão a oportunidade de aprenderem por si próprios e conhecerem com quem estão lidando. Enquanto destilavam o ódio, a caravana continuava passando, e com todas as dificuldades desempenhamos as atividades que apresentaremos a seguir.
Peço desculpas pelo desabafo, mas que ele sirva como um convite a todos os Engenheiros Florestais para que reflitam sobre a SBEF e o futuro da Engenharia Florestal. Uma séria e necessária reflexão sobre tudo o que vem acontecendo, e a quem realmente isto interessa.

Glauber Pinheiro

Presidente SBEF

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