As demandas nacionais por produtos oriundos das florestas do País
crescem a cada dia, seja eles produtos madeireiros ou não madeireiros. O manejo
florestal surge como uma alternativa e solução para a exploração dos recursos
da floresta de forma sustentável de maneira a suprir a demanda, garantindo a
conservação dos remanescentes florestais. Inclusive, os Produtos
Florestais Não Madeireiros (PFNM’s) tem caído no gosto da população Brasileira
e contribuído para a renda de muitas famílias.
A exploração dos PFNM’s tem se intensificado nestes últimos
anos, devido sua importância econômica, social e ambiental, por atuar em
pequenas propriedades e preservar parte da biodiversidade das florestas
nativas. Alguns estudos com populações rurais constataram que a atividade de exploração
de PFNM’s pode proporcionar maior engajamento de pessoas, que passam a ter, na
atividade, um componente de subsistência, como também uma alternativa na
complementação da renda de muitos agricultores.
Os recursos não madeireiros da floresta passaram a ter maior
exploração no Brasil após a Rio 92, evento no qual surgiu o termo
sustentabilidade, cujo princípio é que a ação humana, no presente, não deve
comprometer os recursos naturais e a qualidade de vida das gerações futuras.
Mas o conceito vai além disso, incorporando aspectos de sustentabilidade
ambiental, ecológica, social, política, econômica, demográfica, cultural,
institucional e espacial. As atividades voltadas para a exploração de PFNM’s é
considerada sustentável quando adotadas técnicas de Manejo Florestal, visando a
exploração dos recursos, impactando o mínimo a floresta e enriquecendo as áreas
com o plantio de mais indivíduos das espécies exploradas. Além disso,
considera-se também a contribuição deste serviço para a geração de renda e
empregos a uma comunidade, segurança alimentar, dentre outros.
Mas, afinal, o que são Produtos Florestais Não Madeireiros? O
que podem ser considerados PFNMs?
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) define PFNMs como produtos
florestais não lenhosos de origem vegetal tais
como resina, cipó, óleo, sementes, plantas ornamentais, plantas medicinais,
entre outros, bem como serviços sociais e ambientais, como reservas
extrativistas, sequestro de carbono, conservação genética e outros benefícios
oriundos da manutenção da floresta. Entretanto, a outros autores denominam
PFNMs como produtos de origem vegetal e animal e podem ser obtidos dos recursos
naturais, bem como serviços sociais e ambientais, como reservas extrativistas,
sequestro de carbono, conservação genética e outros benefícios oriundos da
manutenção da floresta. A diferença dos conceitos é so a implementação de
produtos de origem animal oriundos da floresta.
Além dos PFNM’s, também podem ser explorados recursos madeireiros
com finalidades distintas, como serraria, marcenaria, lenha, carvão. Dentre os
dois produtos explorados das florestas, os PFNM’s se diferem basicamente nos
seguintes aspectos dos produtos madeireiros:
- exibem grande variedade de produtos e espécies;
- o habitat nos quais econômica e ecologicamente os produtos podem
ser obtidos;
- baixo rendimento por unidade de área;
- alto valor monetário somente quando em quantidades consideráveis;
- a exploração (ou coleta) requer intensa mão de obra.
Vale ressaltar que a atividade extrativista vegetal ou exploração
dos PFNM’s podem ser classificadas em duas categorias distintas, consideradas
atividades autossustentáveis:
Extrativismo de coleta - extração
do recurso se prende à coleta sem danificar a planta mãe;
Extrativismo de aniquilamento - atividade
implica a destruição da planta matriz.
Em âmbito mundial, os PFNM’s vem ganhado destaque pelos inúmeros
benefícios que tem trazido as comunidades rurais que trabalham com estes
produtos, por gerarem rendas as famílias, forma de subsistência e para
propósitos culturais e sociais, como também a população urbana que industrializa esses produtos, gerando empregos, renda a população e segurança alimentar, por muitos desses alimentos de origem florestal serem saudáveis a saúde humana. Principalmente, o benefício ambiental proporcionado pelo PFNM’s é enorme, pois estimula a conservação de florestas e sua biodiversidade, oferecendo uma série de serviços ambientais que podem vim a amenizar várias mudanças climáticas que ocorrem no planeta. Os principais benefícios dos PFNM’s são:
propósitos culturais e sociais, como também a população urbana que industrializa esses produtos, gerando empregos, renda a população e segurança alimentar, por muitos desses alimentos de origem florestal serem saudáveis a saúde humana. Principalmente, o benefício ambiental proporcionado pelo PFNM’s é enorme, pois estimula a conservação de florestas e sua biodiversidade, oferecendo uma série de serviços ambientais que podem vim a amenizar várias mudanças climáticas que ocorrem no planeta. Os principais benefícios dos PFNM’s são:
- Fonte alternativa de renda a comunidades rurais;
- Subsistência rural;
- Geração de empregos;
- Conservação de Florestas, oferecendo serviços ambientais e
sociais a sociedade;
- Segurança Alimentar;
A exploração dos PFNM’s se dão também em áreas de plantios
comerciais, como em Sistemas Agroflorestais e Florestas Plantadas para obtenção
destes produtos.
Principais PFNMs do Brasil
O Brasil é caracterizado por ser um país com ampla extensão territorial,
sendo 54,4% do seu território coberto por florestas nativas. Possui clima
tropical, proporcionando condições edafoclimáticas para o desenvolvimento de
florestas em todo o país. Associado a este fator, estão os produtos oferecidos
pelas as florestas, que condicionam renda a milhares de brasileiros.
Com sua infinidade de biomas (Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata
Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal) podem ser encontrados uma infinidade de
PFNM’s com características distintas e diversas finalidades: alimentícia,
cosméticos, artesanais, medicinais, utilidades entre outras. As diferentes
condições edafoclimáticas influenciarão na formação das florestas com
fisionomias distintas.
Porcentagem de cobertura
florestal natural por bioma (2012)
Fonte: Brasil. MMA (2007b), adaptado / SFB. GEIF.
O potencial de PFNM’s no país vem crescendo conforme a demanda, o
aumento da exploração de novos produtos não madeireiros em florestas ou do
cultivo em Sistemas Agroflorestais. É enorme a quantidade de PFNM’s e os
serviços oferecidos pelos biomas brasileiros a disposição das comunidades
rurais que podem ser utilizados para diversos fins. Dentre os biomas, a
Amazônia é o bioma que possui maior potencial para exploração de PFNM’s, devido
a sua grande biodiversidade de espécies vegetais e animais, importância
ambiental diferenciada em âmbito nacional e internacional, por conta da
manutenção do clima no planeta, os serviços oferecidos como sequestro de
carbono e proteção da sua biodiversidade.
O potencial de PFNM’s no país vem crescendo conforme a demanda, o aumento da exploração de novos produtos não madeireiros em florestas ou do cultivo em Sistemas Agroflorestais. É enorme a quantidade de PFNM’s e os serviços oferecidos pelos biomas brasileiros a disposição das comunidades rurais que podem ser utilizados para diversos fins. Dentre os biomas, a Amazônia é o bioma que possui maior potencial para exploração de PFNM’s, devido a sua grande biodiversidade de espécies vegetais e animais, importância ambiental diferenciada em âmbito nacional e internacional, por conta da manutenção do clima no planeta, os serviços oferecidos como sequestro de carbono e proteção da sua biodiversidade.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a participação de produtos não madeireiros na extração vegetal contribui com cerca de 1,5 bilhão de reais, enquanto os PFNM’s oriundos de atividades silviculturais contribuíram com cerca de 292,2 milhões de reais. O grupo de produtos Alimentícios foi o que apresentou o maior valor da produção extrativa não madeireira em 2015, participando com 69,4% do valor total obtido, seguido pelas Ceras (14,8%), Oleaginosos (8,3%), Fibras (7,0%) e demais grupos (0,5%).Os PFNM’s que obtiveram maior valor de produção em 2015, segundo o IBGE, foram, respectivamente: nos Alimentícios, o açaí (R$ 480,6 milhões), a erva-mate nativa (R$ 396,3 milhões) e a castanha-do-pará (R$ 107,4 milhões); nas Ceras, o pó de carnaúba (R$ 195,6 milhões); nos Oleaginosos, as amêndoas de babaçu (R$ 107,7 milhões); e, nas Fibras, a piaçava (R$ 101,3 milhões).
Confira os principais PFNM's do Brasil:
O potencial de PFNM’s no país vem crescendo conforme a demanda, o aumento da exploração de novos produtos não madeireiros em florestas ou do cultivo em Sistemas Agroflorestais. É enorme a quantidade de PFNM’s e os serviços oferecidos pelos biomas brasileiros a disposição das comunidades rurais que podem ser utilizados para diversos fins. Dentre os biomas, a Amazônia é o bioma que possui maior potencial para exploração de PFNM’s, devido a sua grande biodiversidade de espécies vegetais e animais, importância ambiental diferenciada em âmbito nacional e internacional, por conta da manutenção do clima no planeta, os serviços oferecidos como sequestro de carbono e proteção da sua biodiversidade.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a participação de produtos não madeireiros na extração vegetal contribui com cerca de 1,5 bilhão de reais, enquanto os PFNM’s oriundos de atividades silviculturais contribuíram com cerca de 292,2 milhões de reais. O grupo de produtos Alimentícios foi o que apresentou o maior valor da produção extrativa não madeireira em 2015, participando com 69,4% do valor total obtido, seguido pelas Ceras (14,8%), Oleaginosos (8,3%), Fibras (7,0%) e demais grupos (0,5%).Os PFNM’s que obtiveram maior valor de produção em 2015, segundo o IBGE, foram, respectivamente: nos Alimentícios, o açaí (R$ 480,6 milhões), a erva-mate nativa (R$ 396,3 milhões) e a castanha-do-pará (R$ 107,4 milhões); nas Ceras, o pó de carnaúba (R$ 195,6 milhões); nos Oleaginosos, as amêndoas de babaçu (R$ 107,7 milhões); e, nas Fibras, a piaçava (R$ 101,3 milhões).
Confira os principais PFNM's do Brasil:
Sobre a distribuição da exploração dos
PFNM’s, O extrativismo vegetal não madeireiro, em sua maioria, se concentra na
Região Norte, com destaque para o açaí (93,1%) e a castanha-do-pará (94,9%), e
na Região Nordeste, onde ressaltam as produções de amêndoas de babaçu (99,7%),
fibras de piaçava (96,1%) e pó de carnaúba (100,0%). Na Região Sul, sobressaem
apenas dois produtos: erva-mate (99,9%) e pinhão (85,5%). A exploração dos
PFNM’s também é destaque no brasil, estando concentrada nas Regiões Sudeste e
Sul – a de cascas de acácia-negra só é encontrada na Região Sul, enquanto as
produções de folhas de eucalipto (94,7%) e de resina (73,7%) estão na Região
Sudeste.
Manejo dos PFNM’s
Antes de iniciar os trabalhos exploratórios dos PFNMs, é
necessário que um técnico ou o empreendedor capacitado no assunto, esteja
ciente quais serão as práticas adotadas no manejo dos produtos não madeireiros
e quais serão os produtos obtidos, considerando-os parte do agronegócio
regional. Além disso, deverão ser considerados aspectos como: concorrentes;
fornecedores de insumos; canais de distribuição; oscilação das demandas nos
principais segmentos do mercado; e as expectativas que o cliente tem em relação
ao produto esperado.
Levando em consideração todos os aspectos citados anteriormente, o
tomador de decisão deve construir uma ampla base de dados, para que possa
ponderar sobre os seguintes aspectos: mercado; manejo da espécie florestal;
concorrentes; armazenamento/beneficiamento; qualificação da mão-de-obra;
aspectos sócioculturais da comunidade; política econômica; política florestal
nacional e regional; transporte da produção/acesso à área do manejo florestal;
e aspectos ambientais do manejo.
São precisos cinco passos básicos para o manejo dos produtos não
madeireiros:
1- Planejamento inicial
(recolha de toda informação básica e bibliográfica possível da área, como
mapas, mapas de solo, dados climatológicos, tipologia preliminar florestal e
outros levantamentos);
2- Inventários florestais
detalhados (considerando distribuição, abundância dos diferentes recursos e
tipologia florestal);
3- Seleção das espécies a
serem manejadas (considerando fatores econômicos e sociais e potencial de
manejo. Esta avaliação de potencial será baseada nas características do ciclo
de vida da planta, tipos de recursos produzidos, abundância em consideração às
diferentes tipologias florestais e estrutura de população);
4- Rendimento do manejo (tem
o objetivo de prover uma razoável estimativa da quantidade de recurso que pode
ser produzida em bases sustentáveis em um habitat particular. Neste caso deverá
se selecionar amostras e métodos de análise adequados);
5- Definição final do método
de manejo a ser utilizado. Subsequentemente as “aproximações” e ajustes e
correto monitoramento irão definir o manejo mais correto dos produtos.
Por: Luciano C. J. França | Editorial Central Florestal
Com informações de:
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Acesso em 20 de março de 2017.
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Acesso em 20 de março de 2017.
Babaçu. Disponível em: http://www.cerratinga.org.br/babacu/.
Acesso em 20 de março de 2017.
Carnaúba. Disponível
em: http://www.cerratinga.org.br/carnauba/. Acesso em 20 de março de 2017.
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de 2017.
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2017.
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