O gerenciamento florestal se refere ao estudo e aplicação de
técnicas analíticas de busca das alternativas de gerenciamento que mais
contribuem para os objetivos organizacionais
As
alternativas de gerenciamento florestal podem ser vistas como as diferentes
formas de ação à disposição do gerente florestal para atingir seus objetivos.
Dentre elas, destacam-se:
Cortar ou não cortar: alternativa de
obtenção dos produtos florestais desejados na hora certa. Diferentes
intervenções provocarão diferentes efeitos sobre o povoamento residual e por
sua vez sobre os produtos. Estabelece, portanto, uma decisão sobre o momento certo e
tipo de corte.
Práticas de reflorestamento:
envolve diferentes sistemas de reflorestamento (reforma de povoamentos antigos,
implantação povoamentos em novas áreas etc.), diferentes tipos de preparo de
solo, composição de espécies, densidade de plantio etc.
Obras de engenharia:
estabelece diferentes alternativas de alocação de estradas e carreadores,
pátios de armazenamento de madeira etc., que não só afetarão a exploração
futura como também a estabilidade dos solos, valores estéticos e possíveis
atividades de recreação e caça. Enfim, vistas de uma forma mais global, as
alternativas dependem das diferentes possibilidades físicas de produção da
floresta sob intervenção, que por sua vez são afetadas pela intervenção do
homem. É fundamental, portanto, conhecer às conseqüências de tais intervenções.
Técnicas analíticas (instrumentos de auxílio ao processo de tomada de decisão)
são então, utilizadas para se avaliar quão próximo dos objetivos se encontra o
planejador florestal (por exemplo, valor líquido presente e outras técnicas de
descapitalização). Alguns conceitos, como valor esperado da terra, são casos
especiais de análise financeira desenvolvidos para problemas florestais. Mesmo
usando as mais perfeitas técnicas existentes, entretanto, não evitaremos o
risco de tomarmos a decisão errada.Todo engenheiro florestal
deve acima de tudo ser um bom administrador, para tal, listamos abaixo algumas
das principais cacterísticas para o sucesso no gerenciamento e planejamento
florestal:
· Planejamento: Ser estratégico, tático e operacional, precisa
considerar fazer alterações na definição do objetivo e no modo para alcançá-lo.
O planejamento é a etapa decisiva para êxito ou não de um projeto florestal.
Ser técnico, científico e sensato, é característica importantíssima na elaboração
do plano estratégico;
· Organização: definir os recursos,
prazos, metas e funções para a operacionalização das tarefas conforme o
planejado. O cumprimento de metas é crucial para o lucro na atividade
florestal. Mas lembre-se, não é a meta pela meta! Deve-se ter qualidade e
produtividade satisfatória;
· Controle ou
Monitorização: Sempre verificar o andamento operacional e o cumprimento das
metas, identificando prós e contras para providenciar soluções;
· Coordenação/Direção: ter uma visão
holística dos processos acompanhando os envolvidos, identificando e
incentivando as potencialidades e solicitando correções quando necessárias.
Lembre-se, ser um líder é diferente de ser um chefe!
*Com informações de:
Rodrigues, L.C.E.; Gerenciamento da Produção Florestal. Universidade de São Paulo, ESALQ, Documentos Florestais, 1991.
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