Com amplo mercado, os engenheiros florestais podem atuar em diversas
áreas, do melhoramento genético ao plantio, da docência ao inventário
florestal. Entre as escolhas e desafios, cada perfil de profissional
encontra uma área a seguir dentro desta profissão que engloba manejo,
preservação, ciência, tecnologia, gestão e estatística.
Mesmo o Brasil sendo considerado “referência” em florestas plantadas,
a profissão de engenheiro florestal ainda é bastante jovem no país. A
primeira turma formou-se em 1964 e como o curso ainda é recente, muitos
profissionais desta época ainda continuam bastante atuantes.
Ao longo dos anos, o mercado foi se expandindo, como também, muitos
cursos de engenharia florestal foram abertas, ampliando a abrangência
geográfica de formação de tais profissionais. Por exemplo, nos anos 70 e
80, apenas quatro cursos eram oferecidos, nos estados do Paraná, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Hoje, já são 61 cursos em todas
as regiões do Brasil, segundo dados do MEC (Ministério da Educação).
As
áreas de atuação também se ampliaram. De acordo com Yeda Maria
Malheiros de Oliveira, engenheira florestal e pesquisadora da Embrapa
Florestas, muitos profissionais das primeiras turmas possuíam formação
mais voltada ao setor produtivo, já que a carreira tinha como principal
função a de atender ao mercado de florestas plantadas.
“Assim, especialização ligadas ao melhoramento genético,
fitossanidade, inventário e manejo florestal eram as mais procuradas”,
afirma. No entanto, dos anos 1980 em diante, houve uma ampliação no
horizonte de atuação, acompanhando a consolidação do movimento
ambientalista, que teve seu auge a partir dos anos 2000.
Para Yeda, com a nova geopolítica da carreira, as recentes exigências
relacionadas à observância do Código Florestal, os questionamentos com
relação à restauração de ambientes degradados, entre outras questões,
requisitaram especializações envolvendo temas como política florestal.
Assim, a silvicultura de florestas naturais tornou-se também bastante
procurada. “Hoje, com o Inventário Florestal Nacional em curso, há
oportunidades nas áreas de inventário, identificação botânica,
socioeconômica, solos, etc”, destaca.
Sendo assim, existe uma grande variedade de áreas em que os
engenheiros florestais podem atuar. Muitas delas pouco exploradas ainda.
O engenheiro florestal pode desenvolver tanto atividades técnicas
ligadas a plantios florestais, tecnologia da madeira, manejo florestal,
paisagismo urbano, entre outros, como também na área ambiental e de
conservação da natureza, tanto em órgãos públicos como organizações sem
fins lucrativos, empresas, consultorias, etc.
Fonte: B. Forest / Edição 19 / Celulose Online
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