Saiba que hoje no Brasil 100% da produção de papel
e celulose emprega matéria prima de florestas plantadas
Derrubar um campo de futebol de floresta equivale a
emitir 500 toneladas de CO2. Mas reflorestar esse mesmo terreno para produzir
madeira e papel limpa a atmosfera. A lógica é simples: ao crescer, a árvore
absorve CO2, fazendo o famoso sequestro de carbono, que é armazenado na
celulose usada para a produção do papel. No Brasil, a indústria de celulose
emite 21 milhões de toneladas de CO2, mas as florestas plantadas de pinus e
eucalipto sequestram 64 milhões de toneladas de CO2. Ou seja, essa conta dá
superávit - a plantação limpa mais do que polui. E tem um detalhe, enquanto
cresce, uma floresta capta muito mais CO2 do que quando chega à
maturidade.
Por isso, em termos de limpeza de
carbono, é até melhor derrubar e plantar uma floresta nova do que deixar uma
sempre de pé. Além disso, a indústria do papel garante que sempre exista uma
cobertura de árvores em seus terrenos - afinal, mesmo quando ela está cortando
um lote de floresta para produzir papel, há um outro que está de pé (e
respirando). E o melhor para a sua consciência é que o papel utilizado no
Brasil não vem do desmatamento de mogno na Amazônia, mas da colheita de
eucalipto e pinus de florestas plantadas no sul e sudeste do país.
MAIS LIMPO QUE SUJO
Plantar florestas o tempo todo limpa a
atmosfera:
- 21 milhões de toneladas de CO2 é o que emite a
indústria do papel.
- 64 milhões de toneladas de CO2 é quanto
absorvem as árvores da mesma indústria.
Veja os estados que mais produzem papel no Brasil
44% - São Paulo
21% - Paraná
19% - Santa Catarina
4% - Bahia
4% - Minas Gerais
8% - Outros*
*O papel produzido na região Norte é usado em
embalagens e papel higiênico para consumo local.
O papel é um dos produtos mais consumidos no mundo e, há
séculos, faz parte do cotidiano da humanidade. Como meio básico de educação,
comunicação e informação para a maioria das pessoas, compõe livros, jornais,
revistas, documentos e cartas e, assim, contribui para a transmissão do
conhecimento. Serve, também, a um amplo espectro de usos comerciais e
residenciais, a exemplo das caixas para transporte de mercadorias, das
embalagens que protegem alimentos e centenas de outros produtos, das folhas
para impressão por computadores a uma variedade de produtos para higiene e
limpeza. No rastro dos avanços tecnológicos, as aplicações se diversificam
para tornar mais fácil, ágil e produtiva a vida dos consumidores e das
empresas, governos e instituições. Para suprir essa necessidade, é
primordial a produção e consumo do papel dentro de padrões sustentáveis, um
desafio para o qual a indústria está atenta, inova, investe e vem obtendo
resultados positivos.
É importante ressaltar que o papel produzido no Brasil tem origem
nas florestas plantadas, um recurso renovável. Além disso, o papel é
reciclável, ou seja, grande parte retorna ao ciclo produtivo após o consumo.
Além dessas vantagens, a indústria avança com melhorias contínuas para uma
produção mais limpa e de menor impacto.
O Brasil é um importante produtor mundial de papel e, além
de abastecer o mercado doméstico, exporta produtos principalmente para países
da América Latina, União Europeia e América do Norte.
Processo de fabricação do Papel: Limpo e
sustentável
A matéria-prima básica da indústria papeleira é a celulose,
obtida pelo beneficiamento da madeira e, também, de aparas de papel geradas
durante o processo industrial ou recuperadas após o consumo dos produtos, além
de outros materiais fibrosos. Conforme o tipo de papel a ser produzido, a
celulose é submetida a tratamentos especiais antes de ser processada na fábrica
de papel. Quando se destina à escrita, por exemplo, precisa ter um padrão capaz
de conferir à folha uma característica absorvente e áspera na medida certa para
o uso de caneta e lápis. No caso das embalagens, os principais objetivos são
rigidez e resistência.
A celulose chega à fábrica de papel em placas. Depois, é
misturada à água em equipamentos chamados hidrapulper – semelhantes a
liquidificadores gigantes – para a formação de uma massa. Essa massa,
antes de seguir para a máquina de papel, pode sofrer transformações, como
tingimento, adição de colas e outros produtos que vão conferir características
especiais ao papel. Pode também passar por processos que quebram as fibras em
pedaços ainda menores, visando maior aderência, uniformidade e resistência da
folha.
Quando chega à máquina de papel, a massa de celulose
é submetida a duas etapas: uma úmida e outra seca. Na primeira delas, é formada
a folha de papel: sobre uma tela, as fibras de celulose são separadas da água,
resultando em uma espécie de tecido com pequenos fios trançados. Na segunda, a
folha percorre um sistema de cilindros altamente aquecidos por vapor, para uma
secagem complementar.
No final dessa etapa, o papel recebe tratamentos para
atingir determinados padrões, conforme o seu uso. O método mais utilizado é a
calandragem, na qual o material é submetido a um sistema de rolos que
intensifica as características de lisura e brilho do produto final. Por
fim, o papel é enrolado em bobinas, pronto para ser utilizado em suas diversas
aplicações.
Processo limpo – Além do
tratamento de efluentes, a maioria das fábricas reutiliza a água e as fibras
que sobram após o beneficiamento industrial. Para abastecimento de energia, é
crescente o uso de biomassa, como restos de madeira e outros resíduos gerados
na produção de celulose.
*Com informações da Associação Brasileira de Papel
e Celulose
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