Uma pergunta que nós, Engenheiros Florestais, não cansamos de responder é: “O que faz um Engenheiro Florestal?” Não só temos o prazer de responder, como fazemos uma descrição do tipo: “Somos profissionais capazes de manejar os Recursos Naturais Renováveis (florestas, fauna silvestre, recursos hídricos, solos florestais e ar), atuando assim em cinco vertentes da vida sobre a terra, observando os preceitos Ecológicos, Econômicos e Sociais, gerando benefícios permanentes à sociedade, mediante a utilização racional dos Recursos Naturais, os quais vêm aumentando cada dia que passa. São seis os grandes campos de atuação desta profissão: a Produção Florestal, a Ecologia Aplicada, a Tecnologia de Produtos Florestais, os Planejamentos Ambientais, os Sistemas Geográficos de Informações e todos os tipos de Mapeamentos da Superfície da Terra.

Depois de ter respondido a esta questão com todo orgulho que um Engenheiro Florestal tem de sua profissão, somos obrigados a responder uma segunda pergunta, a qual precisamos ser muito convincentes na resposta. “É verdade que o eucalipto seca as nascentes, empobrece e resseca os solos e reduz a diversidade animal e vegetal?” Bom, para tentar acabar de uma vez por todas com estas acusações infundadas sobre o eucalipto e, provar que está espécie florestal tem muito a nos oferecer, que este material foi preparado com o objetivo de mostrar para todos que, através de pesquisas, experimentos e diversos outros trabalhos feitos por profissionais como nós, de diversas instituições do país, o Eucalipto não é esse “bicho papão” que todos insistem em dizer. Nós, Engenheiros Florestais, esperamos que a sociedade primeiramente se conscientize da importância desta profissão, dos benefícios que ela pode trazer, principalmente no que diz respeito à melhoria da qualidade de vida de todos e principalmente, acabar de uma vez por todas com esta imagem negativa que foi criada em torno desta espécie florestal.

É preciso, reconhecimento, envolvimento e investimento governamental não apenas pela importância econômica da madeira e floresta plantada, mas, também, em todo o processo social e econômico, como gerador de empregos e tecnologia, além, da importância ambiental.

O reconhecimento deste mercado em potencial pode trazer vantagens competitivas inigualáveis ao Brasil, que tem a melhor tecnologia de plantio de florestas do mundo. As características que dispomos, naturalmente, pelo clima brasileiro, em relação ao plantio e tempo curto para a colheita, é um sinal que impressiona. Desenvolvendo e incentivando este potencial, teremos vantagens econômicas, sociais e fixaremos o homem no campo, diminuindo a fome, a miséria e a fuga para as grandes cidades.


Para ajudar a esclarecer os principais mitos construídos em torno do assunto, compilamos algumas das inverdades mais frequentemente comentadas e a verdadeira explicação.


MITO: O eucalipto consome muita água.

A VERDADE: O eucalipto tem a capacidade de absorver mais água no período de chuvas e reduzir a transpiração durante a época de estiagem, havendo espécies que chegam a perder as folhas no fim desse período. As raízes dele não ultrapassam 2,5 m de profundidade, por isso não alcançam os lençóis freáticos e retiram do solo uma quantidade de água muito próxima à consumida por árvores de florestas nativas.

Além disso, o eucalipto faz um aproveitamento muito eficiente da água que absorve, o que pode ser claramente percebido quando comparamos a produtividade dele e de outras culturas agrícolas a partir do mesmo volume de água. Cada litro de água consumido por uma floresta de eucalipto produz 2,9 g de madeira. Com o mesmo volume se produz apenas 1,8 g de açúcar, 0,9 g de grãos de trigo e 0,5 g de grãos de feijão.

As florestas de eucalipto também retêm menos água da chuva que as matas nativas, cujas árvores possuem copas amplas. Nas matas, a água que fica retida na folhagem evapora, enquanto nas áreas de plantação de eucalipto a maior parte do volume de chuva cai direto no solo.

Foto: Reprodução de AgroPós / Rudson vieira C

MITO: O eucalipto prejudica o solo.

A VERDADE: Comparado com a agricultura, que tem ciclos anuais, o cultivo de eucalipto tem longa duração, com ciclos de aproximadamente sete anos. Durante esse tempo, ele atua em benefício do solo, protegendo-o e contribuindo para a melhoria de sua drenagem, aeração e capacidade de armazenamento de água.

Quando o eucalipto é colhido para aproveitamento da madeira, sua casca, galhos e folhas — partes da árvore que concentram cerca de 70% dos nutrientes dela — são deixados na própria floresta, onde vão se decompor. Esse material forma uma espessa cobertura de matéria orgânica que protege a superfície do solo da erosão. Quando decompostas, as partes da árvores são incorporadas à terra e seus nutrientes são aproveitados pelos outros eucaliptos que se desenvolvem ali.

Corredores Ecológicos - Foto: Reprodução de Veracel

MITO: O eucalipto prejudica a biodiversidade.

A VERDADE: Ao contrário do que é amplamente divulgado, o setor de florestas plantadas tem um compromisso muito sério com a preservação da biodiversidade. As florestas de eucalipto são plantadas em consórcio com reservas nativas. Parte da área da propriedade é estabelecida como área de proteção permanente. Isso torna possível a formação de verdadeiros corredores ecológicos, que favorecem a presença de fauna e flora diversificada.

A questão da biodiversidade está relacionada também às condições prévias da região onde a floresta é estabelecida. Em uma área que já foi floresta nativa um dia, mas que agora está desmatada, a implantação de uma floresta de eucalipto resultará em um aumento considerável da biodiversidade.

MITO: As florestas de eucalipto prejudicam as comunidades vizinhas.

A VERDADE: Engana-se quem acredita que a implantação de uma floresta de eucalipto ameaça as comunidades que vivem perto dela e prejudica a economia da região. Muito pelo contrário. As florestas de eucalipto geram dezenas de empregos de forma direta e indireta. Tanto os viveiros, onde são produzidas as mudas quanto a manutenção da própria floresta em desenvolvimento requerem mão de obra qualificada, e nada melhor do que contratar gente dos arredores para suprir essa demanda. Ao mesmo tempo, essas pessoas têm a oportunidade de aprender uma profissão.

Além disso, na localidade em que uma floresta plantada se estabelece há investimento em infraestrutura, pois necessita-se, por exemplo, que as estradas por onde passarão as carretas com carregamento de madeira estejam em boas condições. Com isso, todos que utilizam aquela estrada também são diretamente beneficiados. Esse é só um exemplo de como uma floresta de eucalipto pode contribuir para a região onde está.

Fonte de dados:

Venturoli - https://www.venturoli.com.br/mitos-e-verdades/

Veracel - https://www.veracel.com.br/importancia-corredores-ecologicos-manutencao-biodiversidade-mata-atlantica/

Faleiros, M. Os mitos que cercam o setor. 2009 - http://www.revistaopapel.org.br/noticia-anexos/1251302727_e57c58c6487da944c2bb8fcb1b08f14c_1067028801.pdf






2 Comentários

  1. não consegui fazer o download do arquivo... aparece pagina não encontrara

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