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om uma área de 7,84
milhões de hectares de reflorestamento, o setor brasileiro de árvores plantadas
é responsável por 91% de toda a madeira
produzida para fins industriais e 6,2%
do PIB Industrial no País e, também, é um dos que segmentos com maior potencial
de contribuição para a construção de uma economia verde.
O melhoramento
vegetal de espécies florestais é uma ciência relativamente nova, tendo
experimentado maiores incrementos a partir de 1950. Provavelmente, as primeiras
espécies a serem melhoradas em larga escala foram Pinus elliottii e Pinus taeda
nos Estados Unidos e Acacia mearnsii
(acácia – negra) na África do Sul.
De maneira bem simples o melhoramento de
plantas consiste em modificar seu patrimônio genético, com a finalidade de
obter variedades, ou híbridos, capazes de apresentar maior rendimento possível,
com produtos de alta qualidade e capazes de se a adaptar às condições de um
determinado ambiente, além de exibirem resistência às principais pragas e
doenças. Desse modo, a variabilidade genética existente na população de
melhoramento é a matéria prima sobre a qual são realizados processos de seleção
e recombinação.
O principal ramo da biologia celular que
trata do melhoramento genético é a biotecnologia
que é definida como o conjunto de técnicas que usam organismos vivos ou partes
destes para produzir ou modificar produtos, melhorar geneticamente plantas ou
animais, ou desenvolver microrganismos para fins específicos.
COMO
ATUA O ENGENHEIRO NESSE PROCESSO
Primeiramente para se realizar um programa
de melhoramento florestal, deve-se selecionar a espécie ou família a ser
melhorada pelo profissional, além é claro de determinar qual característica a
ser melhorada, sé é maior incremento em madeira, resistência doenças, pragas,
ou até mesmo adaptação a determinada região que a espécie não é nativa.
Após ser feita essas escolhas deverá ser
realizado o cruzamento entre duas variedades, de maneira a promover a
combinação de características (por exemplo espécie A com maior produção de
celulose + espécie B com maior resistência a determinada praga) essa seleção e
combinação tem a finalidade de aumentar a variabilidade genética, para que nas
gerações posteriores se realize a seleção de indivíduos portadores das
características genéticas desejáveis.
Essa seleção é repetida ao longo de várias
gerações, as espécies florestais por serem perenes esse processo pode vir a
levar décadas, diferentemente das espécies agrícolas (em poucos meses já se
obtém variedades desejáveis). Após o melhoramento da espécie, é possível então
efetuar a clonagem. É muito importante saber que a clonagem de um mesmo matérial genético por sucessivas gerações pode vir a levar a degradação de seus genes ou
seja uma espécie que possui resistência a determinado patógeno pode vir a
perder essa resistência, logo é muito importante optar pela variabilidade de
clones.
MELHORAMENTO
DE ESPÉCIES NATIVAS
O estudo de melhoramento com espécies nativas
ainda está muito atrás dos programas de melhoramento de Eucalyptus, contudo algumas dessas espécies possuem programas que
visam uma maior produção de determinada característica desejável econômica.
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POSSÍVEIS
LINHAS DE ATUAÇÃO PARA O ENG. FLORESTAL
-Conservação de Recursos Genéticos Florestais;
-Estrutura Genética de Populações de Árvores
Tropicais
-Estudos da biologia e do sistema de reprodução das
espécies
-Genética de populações;
-Genética
molecular;
-Genética
quantitativa;
-Melhoramento de
espécies arbóreas nativas e exóticas;
-Sistema de
Cruzamento e Fluxo Gênico em Árvores Tropicais;
-Conservação
genética de espécies florestais nativas ameaçadas, preservando recursos
genéticos de populações naturais;
-Melhoramento
genético de espécies florestais nativas e exóticas;
-Conservação
genética ex-situ de espécies exóticas ameaçadas em suas áreas de ocorrência
natural, em cooperação com organizações nacionais e internacionais;
-Introdução de
espécies/origens/procedências de interesse econômico potencial.
FONTES
IBÁ, RELATÓRIO 2017
REMADE: http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=598
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